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“É justo o governador fechar igreja e liberar Carnaval?”, questiona Ministro

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, afirmou, nesta sexta-feira (26), que a responsabilidade da realização ou não do Carnaval 2022 é dos prefeitos e governadores.

“O Carnaval está nas mãos do governador e do prefeito, o STF tirou isso daí do presidente Bolsonaro. Agora, eu pergunto a você, é justo o governador fechar igreja e querer liberar Carnaval? Então, está com o governador”, respondeu ao ser questionado por jornalistas.

O ministro se refere ao período mais crítico da pandemia, em que as atividades consideradas não essenciais foram impedidas de funcionar de maneira presencial. Em vários estados brasileiros, as instituições religiosas não estavam na lista de essenciais.

Atualmente, as igrejas em Pernambuco estão com funcionamento normal. No dia 17 de março de 2020, o Governo de Pernambuco proibiu a realização de qualquer evento privado ou público com a participação de mais de 50 pessoas. Já no dia 24 de abril do mesmo ano, as atividades religiosas presenciais foram autorizadas no Estado, seguindo regras da fase de flexibilização das atividades econômicas e sociais. Desde então, elas não foram mais fechadas.

A declaração de Gilson segue a mesma linha do presidente Jair Bolsonaro, que nessa quinta-feira (25) disse, em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, que, por ele, não haveria Carnaval em 2022. “Mas tem um detalhe, quem decide não sou eu”, disse.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deu autonomia a governadores e prefeitos para decidir sobre determinações sanitárias em meio à pandemia da covid-19. Apesar disto, não retirou poderes do governo federal para lidar com a pandemia.

Gilson Machado Neto cumpriu agenda em Ipojuca, no Grande Recife, nesta sexta-feira (26).

Saiba + Bolsonaro teme novo lockdown pós-Carnaval: “A economia vai quebrar”

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (25), que é contra a realização do Carnaval nos estados brasileiros em 2022 e mostrou preocupação com a questão econômica caso seja preciso fechar o comércio depois das festas.

“Por mim, não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos”, disse ele.

A declaração foi dada em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, transmitida ao vivo pelas redes sociais do presidente.

Para Bolsonaro, caso o Carnaval espalhe uma nova onda de Covid-19 e seja necessário voltar com as restrições, o país não conseguirá suportar os estragos financeiros.

“Estou vendo que alguns países da Europa estão retomando medidas de lockdown. Se tiver outro lockdown no Brasil, em estados e municípios, vai quebrar de vez a economia”, disse.

Com infomações O Povo

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