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Desemprego no país cai para 11,1% no quarto trimestre de 2021

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,1% no quarto trimestre de 2021. O recuo de 1,5 ponto percentual representa 1,4 milhão de pessoas a menos sem emprego na comparação com o trimestre anterior, quando essa taxa chegava a 12,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na quinta-feira (24/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O emprego formal no setor privado foi responsável por parte do aumento da ocupação no período. O número de empregados com carteira de trabalho assinada, entre outubro e dezembro de 2021, subiu 2,9% em relação ao trimestre anterior, o que significa 987 mil pessoas a mais. Já entre os trabalhadores sem carteira assinada, o aumento foi de 6,4% ou de 753 mil pessoas. A taxa de ocupação corresponde à porcentagem de pessoas na força de trabalho que estão empregadas. Participam da força de trabalho as pessoas que têm idade para trabalhar (14 anos ou mais) e que estão trabalhando ou procurando trabalho (ocupadas e desocupadas).

De acordo com o IBGE, existem cerca de 13,9 milhões de desempregados no país, contingente que ficou estável frente ao ano anterior.

A pesquisa apontou ainda que a taxa média anual de desemprego em 2021 foi de 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação frente a 2020, ano em que o mercado de trabalho sentiu os maiores impactos do coronavírus. “É uma estimativa que é bem menor do que a registrada no quarto trimestre de 2020, quando a taxa estava em 14,2%. Pelo lado da ocupação, também os números são bastante satisfatórios, uma vez que a população ocupada fica estimada em aproximadamente 95 milhões”, ressalta a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O aumento na ocupação foi disseminado por diversas atividades econômicas. O maior crescimento percentual veio da construção (13,8%), que contratou 845 mil pessoas a mais. O comércio, setor bastante impactado pela Covid-19, teve ganho de 5,4% na comparação com 2020, o que representa um acréscimo de 881 mil pessoas.

O ano de 2021 também foi marcado pelo início de recuperação da ocupação dos setores de serviços. Dentre eles, o destaque ficou com os serviços domésticos, que tiveram o maior aumento percentual, com 6,7%.

Já as pessoas que trabalhavam por conta própria ou sem registro em carteira no ano passado somavam 36,6 milhões, um aumento de 9,9% frente a 2020. Isso levou a taxa de informalidade a subir de 38,3% para 40,1% nesse período. O trabalho formal também cresceu. Entre os empregados do setor privado com carteira assinada, houve expansão de 2,6%, chegando a 32,9 milhões de pessoas.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
A Pnad Contínua é uma pesquisa que visa acompanhar a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, além de outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. Com indicadores trimestrais, o levantamento foi implantado, experimentalmente, em outubro de 2011 e, a partir de janeiro de 2012, em caráter definitivo em todo o Território Nacional.

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