O dia 7 de fevereiro marca o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas. Neste ano, no entanto, a data tem um significado ainda maior para o povo Yanomami, que nos últimos dias teve exposta a situação que tem vivido: fome, doenças, violência, contaminação do seu solo e da água por conta do garimpo ilegal.
Para minimizar o sofrimento dessas pessoas, a Agência de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) foi até o local para descobrir como ajudar e ser uma articuladora entre outras organizações não governamentais (ONGs). A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) informaram sobre a necessidade de telas de proteção e água potável para os indígenas e para os voluntários que estão trabalhando na região.
Diante disso, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) fez a doação de recursos para que, por meio da ADRA, fosse feita a compra de 1500 redes de proteção contra mosquitos, o que reduzirá a proliferação da malária e outras doenças infectocontagiosas na comunidade. O material foi entregue no dia 3 de fevereiro, diretamente na sede da Funai, que é responsável pela distribuição.
Germando da Silva, representante do órgão, explica que as redes vão chegar aos pacientes da Casa de Saúde do Índio (Casai) e às comunidades mais afetadas pela malária. “Os Yanomamis estão passando por esse sofrimento há bastante tempo. A ADRA, sendo parceira dos Yanomamis, é fundamental para amenizar a situação que estão passando no momento”, detalha.
Além das doações, a ADRA também colocou à disposição duas nutricionistas para atuar na Casai, uma vez que a diarreia está assolando essa comunidade. A iniciativa conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Ênio Yanomami é representante da associação Yanomami Hutukura e sublinha a importância da ação. “A gente agradece muito a vocês que estão apoiando e doando as redes. Também [apoiando] os pacientes da Casai, que estão precisando muito do atendimento”, reforça o líder indígena.
Como ajudar
Fábio Salles, diretor da ADRA Brasil, conta que se “iniciou uma força-tarefa para captar fundos e auxiliar as comunidades expostas às insalubridades. Nossa equipe também detectou uma grande necessidade de água potável.” A campanha de arrecadação se encerra nesta terça-feira, 07 de fevereiro, e o valor arrecadado será transformado em bebedouros para a Casa da Saúde Indígena e apoio aos serviços de água e saneamento da instituição, em parceria com a ONG Visão Mundial e a Unicef.
No Brasil, são cerca de 300 mil Yanomamis divididos em 350 comunidades. Os grupos que estão concentrados em Roraima, no norte do País, apesar de ter suas terras demarcadas, não conseguem mais suprir suas necessidades básicas, visto que o desmatamento desequilibra todo o ecossistema.
Você pode contribuir via PIX: sos@adra.org.br. Para conhecer detalhes e outras informações sobre a campanha, acesse o site: adra.org.br. A agência humanitária adventista atua em 130 países com atendimentos a calamidades e projetos sociais.
Com Adventistas
