Da Redação JM Notícia
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, mais de 170 mil brasileiros, com idades de 19 a 25 anos, abandonaram a graduação no ano de 2017 por conta da crise financeira.
A desistência de alunos sem aconteceu, porém a média era de 5% ano, como foi registrado entre 2013 e 2016. Mas no ano passado esse número subiu 47,8%, que representa então 7,38% de alunos que deixaram o ensino superior. Esse aumento pode ser justificado pelo aumento do desemprego e a redução da oferta de financiamento estudantil.
“O aumento da evasão faz todo o sentido, também pela redução da oferta do Fies (programa de financiamento estudantil) nesse período. O que a gente chama de restrição de crédito para os estudantes foi muito grande nos anos de crise, sem financiamento e, vendo a renda da família diminuir, o jovem acaba não tendo uma outra saída”, avalia o economista Cosmo Donato, da LCA para o jornal Estadão.
O professor do Insper Sergio Firpo lembra que os números da Pnad apontam que os filhos com escolaridade baixa têm participação maior no mercado de trabalho, ainda que tenha pouca qualificação. Tanto que são justamente os jovens de 19 a 25 anos que costuma ser a mão de obra menos qualificada.
Mas diante da crise, é mais fácil o jovem de família pobre sair para trabalhar a abandonar os estudos que jovens de família rica. Inclusive, para o professor, esses jovens de baixa renda acabam voltando ao mercado de trabalho informalmente, sem conseguir vagas com registro em carteira.