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Cozinheira que salvou crianças do massacre em Suzano é obreira da Assembleia de Deus

 

Agora, Silmara quer ajudar a reerguer a escola Foto: Priscila Mengue/Estadão

A tragédia de Suzano poderia ter sido muito maior se não fosse a ação de funcionários como a merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos. Hoje, ela é uma heroína.

Das redes sociais até o grafite feito no portão de onde mora, a “Silmara Maravilha” é lembrada como a mulher que usou um freezer para impedir a entrada de atiradores no refeitório da instituição, salvando cerca de 60 adolescentes.

Serva de Deus

Silmara sempre morou na exata mesma rua em Guaianazes, distrito do extremo leste da cidade de São Paulo, conta O Estadão. Foi lá que cresceu com os três irmãos e duas irmãs (filhos de um casal de mineiros), começou a vida na igreja Assembleia de Deus aos 13 anos e criou os três filhos, entre 18 e 26 anos, fruto de um casamento que já dura 27 anos.

Na igreja, foi voluntária durante 30 anos no departamento infantil, em que foi professora da escola dominical além de ter outras funções. “Até hoje me chamam de Tia Sil. Tenho alunos que já estão casados e que cheguei a dar aula para os filhos.”

Ainda na Assembleia de Deus, foi regente (função na qual ensina os louvores aos demais) e trabalhou na “obra de amor”, em que ajudava, por exemplo, a recolher itens para o enxoval de mães carentes. “A mãe tinha bebê e não tinha roupa nem para a saída do hospital”, conta. Hoje, é evangelista, sendo esposa do segundo pastor da congregação. Entre os fiéis, contudo, costuma ser chamada de pastora.

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