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China proíbe falar sobre Deus em sites e redes sociais

A mesma Medida Provisória que impede estrangeiros de evangelizarem na China também está proibindo que sites e redes sociais falem de Deus.

É isso que diz um relatório da Bitter Winter, entendida que divulga detalhes da liberdade religiosa para cristãos na China. Segundo eles, as novas meiddas são uma etapa ainda mais repressiva do Partido Comunista Chinês (PCCh) que tanto percegue os cristãos.

“As medidas exigem uma ‘Licença de Serviço de Informações Religiosas da Internet’, que só pode ser concedida a organizações que façam parte das cinco religiões autorizadas (uma vez que devem ser ‘legalmente estabelecidas’, o que só é possível dentro das cinco organizações controladas pelo governo), para divulgar conteúdos religiosos através da internet. Qualquer outra referência à religião na rede é declarada ilegal”, explica o relatório.

“Mesmo as organizações dentro das cinco religiões autorizadas estão sujeitas a vigilância e limitações. Elas podem transmitir sermões e lições, mas estes seriam verificados pelas autoridades por seu conteúdo ‘sinicizado’, garantindo que promovam os valores socialistas e apoiem o partido, e não se destinem a ser ferramentas de proselitismo”, acrescenta a Bitter Winter.

“As universidades e faculdades religiosas podem disseminar conteúdo pela Internet apenas para seus alunos. Qualquer tentativa de espalhar conteúdo religioso para menores ou ‘induzir os menores a acreditar na religião’ levará ao cancelamento da licença”, alerta a entidade.

Realidade distorcida

Os pontos dessa agenda tentam resolver reclamações do presidente Xi Jinping de que as restrições às referências à fé na web são “facilmente evitadas”.

As restrições entrarão em vigor em 1º de março. Os comunistas, como de praxe, distorcem a realidade, alegando que as medidas visam “proteger a liberdade religiosa dos cidadãos”.

O texto das medidas diz que “o envolvimento em serviços de informação religiosa na Internet deve cumprir a Constituição, as leis, regulamentos e regras, praticar os valores socialistas fundamentais, aderir ao princípio de independência e autogestão das religiões na China, aderir à direção do sinicização das religiões na China e orientar ativamente as religiões para se adaptarem à sociedade socialista, para manter a harmonia religiosa, a harmonia social e a harmonia nacional”.

Todo esse aspecto de limitar a abrangência dos temas pregados por cristãos, e usar o que resta para promover os valores do PCCh, vem acompanhado de um forte aparato de repressão aos cidadãos que não aceitam se submeter ao controle estatal.

“Os departamentos de assuntos religiosos devem supervisionar e gerenciar os serviços de informação religiosa da Internet de acordo com a lei, e os departamentos de segurança cibernética e informatização, autoridades de telecomunicações, agências de segurança pública e agências de segurança nacional devem ser responsáveis pela gestão administrativa relevante dentro de suas respectivas responsabilidades”, diz o texto das novas medidas.

“Organizações estrangeiras” estão totalmente proibidas de se envolver na distribuição de informações religiosas na Internet, e a mesma regra se aplica a grupos de caridade, criados por grupos religiosos, que desejam arrecadar fundos.

Fonte: Better Winter e Gospel Mais

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