No último domingo (16) o pastor Tim Stephens, da Igreja Batista Fairview, no sudeste de Calgary, Canadá, foi preso por realizar culto presencial.
O país segue com regras de restrições para eventos presenciais e as autoridades descobriram que o pastor organizou um culto.
Para agravar, as ordens de uso de máscara e distanciamento social não foram cumpridas, segundo as autoridades.
O pastor reconheceu a liminar, mas optou por seguir em frente com o serviço prestado, ignorando os requisitos de distanciamento social, uso de máscaras e limites de capacidade reduzida para os participantes”, diz a declaração conjunta divulgada pelo Serviço de Polícia de Calgary e Serviços de Saúde de Alberta.
A reportagem do The Christian Post diz que a polícia não entrou na igreja durante o culto.
Os regulamentos atuais no Canadá permitem a reunião de apenas 15 pessoas, seguindo as normas. Mas o pastor entende que reduzir o culto a tão poucas pessoas é o mesmo que proibir a realização de reuniões.
“Restringir a igreja a 15 pessoas é proibi-la de se reunir como corpo de Cristo. Isso vai contra a vontade de Deus e contra a consciência de muitos que desejam adorar o Senhor de acordo com sua palavra”, opinou Stephens que resolveu desconsiderar as ordens do governo.
O pastor relatou dias antes de sua prisão que desobedeceria as ordens “por obediência a Cristo”.
O governo civil não governa a Igreja. A Bíblia não autoriza que o magistrado civil dê ordens à Igreja, conforme Romanos 13 e 1 Pedro 2. Eles podem até empunhar espada em questões judiciais, mas não em questões que regulam a adoração a Deus ou como e quando devemos nos reunir para adorar a Cristo”, defendeu.
Terceiro pastor preso
Stephens é o terceiro pastor a ser preso no Canadá por realizar cultos durante a pandemia.
Antes dele pastor Artur Pawlowski, líder da Calgary’s Street Church na província de Alberta, e seu irmão, Dawid Pawlowski, foram presos e acusados de “organizar uma reunião presencial ilegal”.
O pastor James Coates, da Igreja GraceLife, perto de Edmonton, também foi preso em março depois que sua igreja ignorou os requisitos de saúde pública sobre distanciamento social, uso de máscaras e limite de capacidade.