Entre os dias 3 e 10 de novembro acontece a campanha do Dia Internacional de Oração (IDOP) pela Igreja Perseguida. O evento ocorre em meio a um cenário de tensões crescentes ao redor do mundo, aumentando a pressão sobre as comunidades cristãs. Cristãos de vários países se unem em oração por aqueles que enfrentam perseguição religiosa.
Desde os ataques do Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023, o Oriente Médio tem enfrentado uma onda de extremismo, afirmou um representante de uma agência humanitária com sede na Suíça. “O Oriente Médio está prestes a explodir, e as tentativas de reconciliação política e social parecem cada vez mais distantes”, disse o funcionário, que não foi identificado por motivos de segurança.
A perseguição a cristãos convertidos do islamismo na região se agravou. Recentemente, a agência ajudou um líder cristão na Cisjordânia, que vinha de uma família muçulmana proeminente. Após ser denunciado como “descrente” por um parente extremista, ele e sua família foram expulsos de casa e precisaram se esconder em um local seguro. Com o apoio da organização, eles conseguiram alugar um apartamento e receberam ajuda para as despesas básicas.
No Egito, a situação também é complexa. O conflito entre Israel e Hamas divide opiniões dentro da comunidade cristã local, que ainda enfrenta desafios econômicos como a desvalorização da moeda e o aumento dos preços. A perseguição religiosa persiste como um dos principais obstáculos para cristãos de origem muçulmana.
Um exemplo é Sara (nome fictício), que foi perseguida após começar a questionar o islamismo e decidir seguir a fé cristã. Segundo o representante da agência, o marido dela reagiu agressivamente, a ponto de hospitalizá-la, causando a perda de seu bebê. Em seguida, ele a denunciou às autoridades, e Sara foi presa sob acusações falsas.
A campanha do IDOP visa unir cristãos de todo o mundo em apoio aos perseguidos, oferecendo ajuda material e solidariedade em um contexto de extrema vulnerabilidade.