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Brasileiros consideram líderes religiosos mais confiáveis que cientistas

Da redação

Os brasileiros confiam mais nos líderes espirituais do que nos cientistas. Com 69%, o grupo religião deixou para trás ciência & tecnologia que ficou em quarto lugar (62%) no grau de confiança dos entrevistados.

Quais os impactos que a pesquisa científica traz para a sua vida e para a do restante dos brasileiros? A partir desta pergunta, uma pesquisa nacional visou verificar a percepção sobre ciência e tecnologia (C&T) e a contribuição (ou não) que estas têm na sociedade e no dia-a-dia das pessoas.

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O estudo foi uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e foi elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social que presta serviços à pasta.

O levantamento apontou um maior ceticismo dos brasileiros em relação à ciência em relação a anos anteriores. Dos entrevistados, 31% disseram ver só benefícios nesta modalidade de conhecimento, contra 54% em 2015.

O levantamento deste ano mostrou uma reversão do movimento de crescimento de uma avaliação positiva nas últimas edições, como mostra o gráfico.

A pesquisa também questiona os entrevistados sobre temas de interesse. Ciência & Tecnologia fica em quarto lugar (62%), abaixo de medicina saúde (79%), meio ambiente (76%) e religião (69%). O documento indica uma variação conforme a escolaridade. Quanto menor o tempo de estudo, menor a atenção para a produção científica.

Já entre os com maior instrução formal, o interesse cresce. Essa relação se reproduz também no recorte geracional, com o tema ganhando maior preferência entre os mais velhos do que entre os mais jovens.

O levantamento também identificou as práticas de visita a equipamentos relacionados ao conhecimento científico. O índice dos entrevistados que visitaram bibliotecas caiu de 30% para menos de 20% entre 2015 e 2019.

A ida a zoológicos, parques ambientais ou jardins botânicos também diminuiu, de 40% para 24% no mesmo período. O passeio em museus de artes caiu de 16% para 9% nos últimos quatro anos.

Metodologia

O levantamento entrevistou 2.200 pessoas em todas as regiões do país, com recortes específicos por gênero, idade, escolaridade, renda e residência.

De acordo com os autores, a pesquisa manteve categorias e perguntas de edições anteriores e compatíveis com outros estudos internacionais sobre o mesmo tema.

(Com Exame)

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