Da redação JM
“A questão de Jerusalém é importantíssima, faz parte da essência do que pode significar essa nova relação com Israel. A forma como será tomada [a decisão] ainda estamos estudando”, declarou em coletiva de imprensa em Brasília.
Bolsonaro visitará Israel entre 31 de março e 2 de abril, depois de ir nesta semana aos Estados Unidos e ao Chile, em uma demonstração de uma guinada diplomática em direção a governos conservadores e nacionalistas.
Durante a campanha, Bolsonaro prometeu que transferiria a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, o que foi confirmado após a posse embora as expectativas tenham esfriado diante de sinais de que os países árabes poderiam adotar represálias comerciais.
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É um movimento que tem que ser feito dentro de um correto encaixe dentro de outras políticas na região, para que fique claro que, se for o caso, seria um movimento positivo, como parte de uma contribuição do Brasil para a paz e a estabilidade”, afirmou o ministro das Relações Exteriores.
Araújo disse que o governo tem consciência da “grande expectativa” que essa medida gera entre a bancada evangélica do Congresso, pró-israelense, cujo apoio foi essencial para a vitória eleitoral de Bolsonaro.
O governo brasileiro ainda não divulgou o programa da viagem de Bolsonaro, que já recebeu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no Brasil na inauguração de seu mandato presidencial, em 1 de janeiro.
O chanceler somente adiantou que, por enquanto, não está previsto que Bolsonaro visite os territórios palestinos.
Promessa
A mudança da embaixada para Jerusalém foi promessa de campanha de Jair Bolsonaro, mas até agora o presidente ainda não deu nada por definitivo.
Ainda em janeiro, o deputado federal Takayama falou ao JM Notícia sobre a possibilidade de o Governo não realizar essa mudança.
O deputado pastor Takayama, que era líder da Frente Evangélica na Câmara dos Deputados, afirmou que toda bancada evangélica e católica tem a convicção de que a mudança deve ser realizada, mas que motivado por “questões práticas” apontadas pela equipe de governo, Bolsonaro poderia não mais realizar a transferência.
Em entrevista ao jornal israelense Hayon no mês de novembro de 2018, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou que seguiria o exemplo dos Estados Unidos em mudar a Embaixada brasileira de Tev Aviv, para Jerusalém.