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Após vistoria no HGP, Defensoria identifica melhorias e se preocupa com superlotação

Redação JM Notícia

Em vistoria realizada no Hospital Geral de Palmas (HGP) pelo Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), foi constatada a superlotação nas salas Vermelha e Amarela, a existência de oito salas de cirurgia sem utilização devido à falta de equipamentos e a necessidade de ampliação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Porém, diferentemente do cenário encontrado em vistorias anteriores, foi identificada considerável melhora na oferta de medicamentos e insumos, e a organização de setores administrativos –  mudanças que são avaliadas como positivas pela Defensoria Pública e resultados de sua atuação.

A vistoria foi realizada no último dia 12 pelo coordenador do Nusa, defensor público Arthur Luiz Pádua Marques. Em seu relatório, ele destaca: “Foi relatado pelo médico responsável que não há falta de medicamentos e materiais de insumo nos últimos meses [nas salas Vermelha e Amarela], estando o estoque normalizado, o que melhorou bastante o atendimento. O mesmo ainda relatou que, houve a promessa de reforma em ambas as salas para aumentar o espaço, tendo em vista que a estrutura física das salas não comporta a demanda, (…)”.

A melhoria nos serviços também foi identificada na Farmácia Central do Hospital. Conforme a gestão desse Setor, não há desabastecimento desde acordo judicial entre o governo do Estado e a Defensoria, Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF).

Ainda na Farmácia Central, foi constatada a contratação de assistentes para o setor, o que viabiliza a atualização do estoque no sistema e, com isso, o melhor controle sobre os medicamentos. A falta dos profissionais no Setor foi identificada pelo Nusa em vistoria realizada em 29 de novembro do ano passado e, desde então, foi uma demanda da Defensoria para melhorar o fluxo e controle do estoque.

Foi informada a contratação de 40 assistentes de farmácia e 54 assistentes de serviços gerais. Há, ainda, assistente para o fracionamento de medicamentos e organização da logística, além de profissionais para manter o sistema atualizado quanto à informação.

“Esse é um problema que foi resolvido após inúmeros diálogos com o Poder Executivo, seja na Ação Civil Pública do dimensionamento e também em reuniões com a direção do HGP e Secretaria Estadual da Administração e, ainda na reunião do comitê de monitoramento da saúde”, disse Arthur Pádua.

Já no setor de Oncologia, foi registrado que ainda há falta de medicamentos. A gestão, por sua vez, se comprometeu em apresentar dados em reunião a ser realizada no próximo mês.

Recomendação

Os problemas identificados durante a vistoria motivaram Recomendação da Defensoria, por meio do Nusa, à Secretaria Estadual da Saúde. Um dos apontamentos é para que haja a ampliação das salas Amarela e Vermelha. Conforme o Defensor Público, no relatório da vistoria, “(…) é imprescindível que se libere esse recurso e fiscalize sua aplicação, já que com a ampliação do “pronto socorro” (salas amarela e vermelha), certamente haverá maior humanização e ampliação do serviço.”.

A Defensoria também recomendou a retomada das obras de ampliação do Hospital. As obras foram iniciadas no governo anterior, mas estão paralisadas desde 2014. “(…) finalizado o projeto, irá amenizar um dos grandes problemas do Hospital, a superlotação.”. A Recomendação solicita informações em até 15 dias.

O Nusa também enviou ofício ao Ministério Público Federal (MPF) informando a necessidade de liberação de recursos apreendidos na operação Ápia para revertê-los para reformas no HGP.

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