O extremismo hindu tem causado sérias consequências para os cristãos na Índia. A família Sodi já enfrentava um grande desafio de seguir a vida após a morte da filha Sangita, porém, a situação piorou quando o corpo da caçula, Budheswari, foi encontrado pendurado na sala, onde aconteciam as reuniões de intercessão.
A adolescente de 16 anos estudava em um colégio interno, mas estava há dois meses em casa por causa da COVID-19. Ela sempre recebia ameaças de que os radicais abusariam dela e a matariam, assim como fizeram com a irmã, se a família não deixasse o cristianismo. De acordo com o irmão mais velho, Chaitram, o culpado pela morte de Sangita em 2016 estava preso, mas havia outros participantes do crime que ficaram impunes.
No local onde estava o corpo não tinha uma nota evidenciando o suicídio de Budheswari, porém, as autoridades investigaram e confirmaram a suspeita da família em um documento oficial. Segundo outros membros da única família cristã do vilarejo, a adolescente não conseguiu superar a pressão psicológica e as constantes ameaças.
No país em 10º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020 é comum que os cristãos enfrentem tanto abusos físicos quanto psicológicos. O principal responsável pela intolerância religiosa é o extremismo hindu, que reconhece como indianos apenas os que mantém a adoração aos diversos deuses hinduístas.
(Com Portas Abertas)