Da redação JM
Sem ter onde ficar, cerca de 50 venezuelanos que chegaram a Palmas há alguns dias montaram acampamento na rodoviária, região sul da capital. No terminal, crianças e adultos indígenas estenderam lençóis no chão para passar a noite. Durante a manhã, eles vagam pelas ruas para pedir comida e procurar trabalho.
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O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, aproveitou o caso para criticar a gestão da prefeita de Cinthia Ribeiro. Para Amastha, falta humanidade à gestão palmense para tratar esse problema.
“A prefeitura tem instrumentos para aliviar essa dor. Não dá para esperar muito né, porque o que estão fazendo com os palmenses, imagine com os irmãos de outros países“, disparou.
Prefeitura
Na última quarta-feira (20), várias entidades federais, estaduais, municipais e organizações civis se reuniram no Ministério Público Federal para mobilizar uma força-tarefa em prol das sete famílias refugiadas na cidade.
Um levantamento da prefeitura apontou que são cerca de 50 pessoas que buscam em Palmas o refúgio da crise política e econômica na Venezuela.
O representante dos povos indígenas disse que eles já passaram por vários estados do Brasil, como Amazonas, Pará, Maranhão e Goiás, e até o momento não conseguiram se estabelecer, e pedem condições para poderem trabalhar e colocar suas crianças nas escolas.
O trabalho de ajuda é difícil por se tratar de refugiados indígenas, que têm referências diferentes dos brasileiros, segundo a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Valquíria Rezende. “As providências estão sendo tomadas. A preocupação da prefeitura é quanto ao respeito a etnia, por isso, esse serviço de abordagem deve ser cauteloso na condução de resultados”.
A prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde iniciou a vacinação dos imigrantes, mas alguns não aceitam ser vacinados. Valquíria destacou que os refugiados têm direitos e deveres, e dentre os deveres é serem vacinados e respeitar as leis brasileiras.