JM NOTÍCIA

Acompanhantes denunciam falta de leitos e de testes para coronavírus nas UPA’s de Palmas

UPA Norte, em Palmas, atende pacientes com sintomas de coronavírus — Foto: Rachel Lemos/TV Anhanguera

Pacientes e acompanhantes de pessoas com confirmação ou sintomas do novo coronavírus estão reclamando do atendimento que recebem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) de Palmas. É que segundo eles, faltam leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intendisa (UTI), além de testes para o diagnóstico da doença.

A Secretaria de Saúde de Palmas foi procurada para comentar a situação, mas ainda não se posicionou.

+ Vereador apura denúncia de médico de que pacientes podem morrer na UPA Sul

Quem precisa procurar uma das duas unidades muitas vezes não encontra o básico. Na UPA Sul alguns pacientes são liberados mesmo com vários sintomas.

A companheira do pescador Franscisco de Assis foi internada pela terceira vez. “Ficam mandando ela para casa. Ela toma um soro aqui e fica boa, mas chega lá e adoece. No outro dia tem que trazer de novo”, disse.

A psicóloga Paula Lima está na UPA Norte acompanhando o avô, que há uma semana espera a realização de um teste. “É um absurdo segurar exame para fazer só quando a pessoa está muito grave. Não sei que escassez é essa. Na propaganda diz que tem muitos exames, mas chega aqui só faz se estiver morrendo”.

Ela também teve que buscar lençol e travesseiro em casa. “Não tem um conforto mínimo. O que não precisa de material nenhum, que é um bom atendimento, não tem”, reclamou.

No início do mês a Justiça estipulou um prazo para a Prefeitura se manifestar sobre criação de leitos de UTI para combate à Covid-19. A decisão está relacionada a uma ação do Ministério Público Estadual (MPE) que pediu a criação de 20 novos leitos de UTI. Na época o promotor disse que município recebeu recursos federais, mas promoveu apenas algumas medidas de prevenção.

A médica Etiene Almeida disse que só leitos não são suficientes. “Temos que ter profissionais experientes para lidar com a doença, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas. Medicações tanto para o tratamento clínico, até mesmo os anestésicos”, disse.

(Com G1)

Sair da versão mobile