“O presidente Bolsonaro fez a opção diplomática de brigar com três leões ao mesmo tempo: EUA, União Europeia e China. A quarta e pior luta que decidiu empreender foi a favor da pandemia: se recusa a usar máscara, se recusa ao isolamento e provoca uso de medicamentos que não são usados em lugar nenhum do mundo”, criticou.
Recentemente a parlamentar ocupou o noticiário nacional após ser atacada pelo então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que entregou o cargo dias depois. Kátia Abreu explicou que quando esteve com o ministro fez aceno para que o governo não exlcuísse parceiro importante de negócios como é a China, pois isso poderai ter forte implicação na exportação de alimentos para o país asiático, o que geraria prejuízo à economia e aos produtores rurais.
“Quando presidi a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), embora não tivesse a obrigação diplomática, viajei o mundo abrindo escritórios. Depois, enquanto ministra da Agricultura, dei praticamente duas voltas ao mundo preocupada em abrir o mercado da carne que estava praticamente fechado. Não podemos ter preconceito com outros países”, avaliou Kátia.
Na maior parte da conversa com os jornalistas, Kátia Abreu deixou claro que sua preocupação atualmente e para as próximas semanas será a busca por vacinas. Nesta terça-feira (06) protocolará uma carta ao Papa Francisco sensibilizando o pontífice sobre a importância da quebra de patente para a produção de vacinas. A presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional deve dar continuidade à conversa com embaixadores de todo o mundo em busca de formas de agilizar a chegada de vacinas e insumos para a produção desses imunizantes no Brasil.
Ainda no campo internacional, outro ponto que é alvo de constantes críticas de outros países, em especial da comunidade europeia, é a política ambiental do governo federal. Kátia Abreu explicou que ao longo dos anos mudou a forma de pensar, entendendo a importância da preservação ambiental como forma de abrir mercado e inclusive melhorar a produção.
“Meio ambiente não é mais bandeira só de ambientalista. As pessoas amadureceram. Eu mesmo, por estudar e ouvir a ciência, mudei minha forma de pensar. Se os nossos clientes querem comprar um alimento que não tenha origem no desmatamento é a nossa obrigação lutar por isso”, defendeu.