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A China e o ateísmo estatal institucionalizado

Por Wagner Hertzog

Xi Jinping, presidente da China (Foto: Xinhua/Lan Hongguang/AFP)

A China hoje é a mais brutal e nefasta de todas as ditaduras, o ateísmo marxista-leninista é a política oficial de estado. Para tanto, o cerceamento à liberdade religiosa tem se tornado cada vez mais brutal, opressivo e tirânico nos anos recentes, especialmente com a ascensão do cruel e autocrático déspota Xi Jinping. A destruição de templos, igrejas e congregações e a proscrição de diversas crenças religiosas – não raro acompanhadas do internamento compulsório ou da detenção arbitrária de muitos dos seus integrantes – são algumas das ignominiosas consequências que o satânico governo chinês tem reservado a pessoas de mentalidade espiritual, não importa a religião.

Cristãos estão ficando cada vez mais constrangidos no exercício de sua fé. O governo chinês invadiu a integridade da liturgia da adoração para maculá-la com cânticos e símbolos pátrios seculares; recentemente, o governo afirmou que pretende reinterpretar a Bíblia de acordo com os princípios do Partido Comunista Chinês, o que é, no mínimo, uma brutal e cínica blasfêmia. Budistas, por sua vez, continuam sendo perseguidos e massacrados no Tibete. Turcomenos uigures – uma etnia de maioria muçulmana – continuam sendo torturados sistematicamente nos campos de internamento de Xinjiang, onde foram instalados até mesmo crematórios para incineração industrial de cadáveres. Membros de uma crença conhecida como Falun Gong são sequestrados para serem deliberadamente assassinados por agentes do estado. As vítimas são executadas para terem seus órgãos internos extraídos, com o objetivo de abastecer o mercado negro do tráfico de órgãos. Recentemente, o ativista americano anti-aborto Steven Mosher afirmou ter descoberto que o governo passou a retirar os órgãos com as vítimas ainda vivas. Depravações abomináveis típicas de um estado ateu, que na verdade é uma expressão máxima do deus deste sistema, Satanás, o diabo.

Nunca existiu liberdade religiosa na China, em nenhum período ou momento da história, nem mesmo durante a era imperial. Atualmente, no entanto, as condições estão mais deploráveis do que nunca para pessoas de mentalidade espiritual. A China é hoje a pior, a mais agressiva, voraz e nefasta ditadura totalitária que existe, e a opressiva brutalidade institucionalizada pelo estado está determinada a erradicar todas as religiões; se necessário for, através de uma mordaz campanha de extermínio.

Mas, afinal, o que realmente está em andamento?

É importante salientarmos que desde o início – no jardim do Éden –, aquele que se tornaria Satanás, o Diabo, passou a cobiçar o lugar do Criador, o Pai Celestial, Jeová. Depois de desencaminhar o primeiro casal, Adão e Eva, Satanás afirmou que poderia desencaminhar todos os seres humanos. O Criador, por sua vez, deixou Satanás livre para tentar. O diabo, de fato, desencaminharia a grande massa da humanidade, mas o Criador lhe avisou que desencaminhar todos os seres humanos seria uma tarefa literalmente impossível, pois sempre existiriam pessoas leais a Ele.

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Portanto, o objetivo de Satanás, o diabo, passou a ser desviar as pessoas do Criador, de seu amado filho unigênito Cristo Jesus e do conhecimento salutar da verdade, fazendo-as adorar qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. Como deus deste sistema, Satanás inclina as pessoas para as mais variadas formas de idolatria: faz as pessoas adorarem jogadores de futebol, cantores, políticos, governos seculares, grupos musicais, atores de cinema e televisão, deuses falsos de religiões falsas como hinduísmo, e assim por diante. Uma das ferramentas que Satanás, o diabo, têm à sua disposição, são os governos mundiais, que estão todos sob o seu controle.

Através de governos totalitários, Satanás pretende anular o verdadeiro Deus, e fazer o estado secular assumir o seu lugar. Em um país compulsoriamente ateu, o estado se torna deus, e pode então ocupar na vida das pessoas o lugar que seria exclusivo do Deus verdadeiro, e assim exigir dos seus súditos devoção e obediência absolutas. A crença em Deus funciona como uma barreira de restrição. Em um regime totalitário moderno – como China ou Coreia do Norte – o Criador é substituído pelo estado, e Cristo Jesus é substituído pelo ditador. Ou seja, o indivíduo tem sua espiritualidade subjugada por uma idolatria política compulsória. 

O pecado da idolatria deve ser evitado a todo custo. Em um país como o Brasil, infelizmente, esta abominação virou um hábito, especialmente no futebol e na política. O hábito do brasileiro de venerar jogadores de futebol e políticos é muito bem conhecido. E a política secular não possui absolutamente nenhum traço da pureza sacrossanta do Criador. Não podemos esquecer que a política é simplesmente uma maneira espúria e arrogante dos seres humanos de tentarem se governar à margem do verdadeiro Deus. No ambiente político, Jeová Deus e Cristo Jesus são substituídos por políticos – meros mortais –, a congregação cristã é substituída pelo congresso, pelas prefeituras e câmaras municipais, os mandamentos e os regulamentos divinos são substituídos por calhamaços legalistas e a Bíblia é substituída pela constituição. E todas estas coisas inúteis oriundas da política mundana dos seres humanos – além de serem todas fúteis e vãs, completamente destituídas de valor – são passageiras, e muito em breve não mais existirão. Mas como está escrito em1 João 2:17, “O mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”

Em primeiro lugar, regimes totalitários desejam forçar pessoas religiosas a renunciarem às suas crenças com base no medo da ameaça de violência. Se cedermos ao temor, Satanás vence. No entanto, não podemos jamais esquecer das palavras de Jesus, como descritas em Mateus 10:28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma.” Como Provérbios 29:25 complementa muito bem,“o receio do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro.” Portanto, ceder ás ameaças dos escravos de Satanás – os governos seculares – não nos trará benefício algum. Muito pelo contrário, será uma demonstração de covardia e falta de confiança no poder redentor do Todo-Poderoso.

Em segundo lugar, pessoas irreligiosas e secularizadas são preferenciais de governos totalitários, porque quando uma pessoa não crê em Deus, ela estará muito mais vulnerável à lavagem cerebral estatal. Não oferecerá resistência à doutrinação governamental; portanto, ficará muito mais disposta a aceitar o estado como um deus onipotente e absoluto em sua vida. O governo não tem que competir com o Deus verdadeiro pela obediência de pessoas ateístas. Indivíduos de mentalidade espiritual, por outro lado, obedecem a uma ordem superior. O estado totalitário ateu deseja eliminar religiões justamente porque quer usurpar o lugar do Criador no coração das pessoas, com o propósito de substituí-lo. Ou seja, regimes ditatoriais não querem ter sua autoridade competindo com a de Deus. Querem ser encarados como absolutos, justamente porque são uma expressão máxima de Satanás, o diabo, que sempre quis ocupar o lugar do Criador.

Uma coisa é certa, estamos vivendo os últimos dias do atual corrupto, maledicente e depravado sistema mundial, que muito em breve terminará. Não obstante, os últimos dias serão de muita tribulação(Mateus 24:21), pois Satanás, o diabo, irá instituir um governo global totalitário – cuja religião oficial será o ateísmo compulsório institucionalizado –, através do qual perseguirá ativamente os cristãos, com o objetivo de intimidá-los, para fazê-los abandonar a verdade e a crença no único Deus verdadeiro. Este governo já está sendo constituído. O plano global de desviar todos os seres humanos do Criador atingirá um clímax tonitruante, muito em breve.

Não obstante, não sejamos como as massas da humanidade, que estão em total escuridão espiritual, soterradas na mais brutal e ímpia ignorância – por escolha delas próprias – à respeito de todas as coisas que estão por vir. Continuemos no caminho salutar da verdade, pois este sistema, assim como todas as provações pelas quais passamos hoje, e pelas quais passaremos no futuro próximo,é passageiro; assim como hoje ele existe, deixará de existir no dia da vindicação da soberania de Jeová, no Armagedom, o glorioso dia em que este sistema será completamente erradicado, e suplantado pelo governo divino, com todo o esplendor do paraíso restabelecido. (Apocalipse 21:1)

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