Senador Ataídes Oliveira, criticou, nesta quarta-feira (15), a estratégia dos governistas na comissão. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Membro da Comissão Especial de Impeachment no Senado, o presidente do PSDB/TO, senador Ataídes Oliveira, criticou, nesta quarta-feira (15), a estratégia dos governistas na comissão: “Eles estão tentando adiar ao máximo o processo de impeachment, com testemunhas que nada têm a acrescentar aos debates e que estão claramente vinculadas ao PT. É a única coisa que essa turma pode fazer, já que não há como defender o indefensável.”
Ataídes preferiu não questionar o ex-secretário adjunto da Secretaria de Orçamento Federal Cilair Rodrigues de Abreu e o subsecretário de Orçamento e Administração do Ministério da Previdência Social, José Geraldo França Diniz, ouvidos como testemunhas de defesa na quarta-feira. Ele chegou a dizer que o povo está cansado de tanto “blá-blá-blá”, uma vez que as testemunhas arroladas não trazem qualquer informação nova e não conseguem, obviamente, apresentar argumentos plausíveis para inocentar a presidente afastada Dilma Rousseff.
Crime de responsabilidade
“Não existem mesmo argumentos capazes de justificar as pedaladas fiscais e a edição de créditos suplementares sem aval do Congresso Nacional. Essas medidas configuram claramente crime de responsabilidade, ao ferir a Constituição, a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal”, argumentou o senador tocantinense.
Em meio ao clima tenso da Comissão Especial de Impeachment, Ataídes Oliveira acabou protagonizando mais um embate com o petista Lindbergh Farias, criticado por desrespeitar a presidente em exercício da comissão, senadora Ana Amélia, e a jurista Janaina Conceição, uma das autoras da denúncia que deu origem ao processo de impeachment. “O senhor tem mais de dez processo na Lava-Jato. Não devia nem estar sentado aqui”, afirmou o tucano para o petista.