No mês de março, seis homens armados mataram 22 pessoas durante um ataque que aconteceu num resort à beira-mar, na cidade de Grand-Bassam, na Costa do Marfim. O grupo extremista islâmico AQIM (Al-Qaeda in the Islamic Maghreb – sigla em inglês), reivindicou a responsabilidade pelo incidente, de acordo com informações do The Washington Post. Segundo testemunhas, os militantes pouparam os muçulmanos e alvejaram os cristãos. Alguns estrangeiros também foram mortos, mas a maioria das vítimas era de marfinenses. Os militantes também foram mortos pelas forças de segurança do país.
“Sabemos que a situação política da maioria dos países da região é muito frágil nesse momento e esse tipo de ataque pode alimentar divisões regionais, étnicas e, principalmente, religiosas. O AQIM parece estar decidido a afetar a estabilidade tanto do Sahel quanto da África Ocidental, na tentativa de criar seu próprio califado”, comenta um dos analistas de perseguição. O Sahel é uma faixa que tem cerca de 700 km de largura por mais de 5 mil km de extensão, que fica na África Subsaariana, entre o deserto do Saara e a savana do Sudão. E a África Ocidental é uma região no oeste da África que inclui países como Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo
Segundo o analista, o grupo extremista quer semear a instabilidade nesses países e tem como principal alvo os cristãos. “O ataque na Costa do Marfim mostra o quanto eles estão crescendo e se fortalecendo, fato que preocupa a igreja no país”, diz ele. A Costa do Marfim já tem sido ameaçada há algum tempo por esses grupos radicais que prometeram “punir os inimigos do islã”. Em 2015, em um telefonema para uma agência de notícias francesa, um líder islâmico declarou: “Nós estamos reivindicando as cidades de Nara e Fakola, que são terras islâmicas. Nós vamos multiplicar os ataques na Costa do Marfim, no Mali e na Mauritânia, países que abrigam os inimigos do islamismo”. Embora o governo tenha tomado suas providências e reforçado a segurança da nação, os ataques já estão acontecendo. Em suas orações, interceda pela igreja na Costa do Marfim. Com informações Portas Abertas